CARTA ABERTA AOS GREVISTAS E SIMPATIZANTES
Caros companheiros de luta pela educação pública, humanista e
democrática:
Nosso movimento grevista deve ser compreendido como um momento da
resistência contra o projeto privatista da educação do Estado do Rio de
Janeiro, implementado pela nova ordem gerencial da Sec. Estadual de
Educação (SEEDUC) ─ personificada pelo “economista-pastor” W. Risolia e seus
“rebanhos-burocratas” (gestores de 1º, 2º e 3º escalões), “convertidos” à
nova seita do Planejamento Estratégico.
Os alicerces ideológicos dessa nova ordem gerencial bebem na fonte
liberal-tecnicista (predominante na década de 1970, reforma educacional da
ditadura militar), mas com discurso atualizado pelas novas tendências
gerencias de empresas (reengenharia, TQC, TI). Portanto, estamos
enfrentando um projeto político-educacional conservador, anti-progressista,
anti-democrático, porém, travestido num discurso de inovação, de mudança,
neutralidade técnica, de qualidade, que, por isso mesmo, possui a força da
sedução daqueles mais ingênuos politicamente, ou mais interessados nas
vantagens pessoais e/ou narcísicas do poder tecnocrático.
O Planejamento Estratégico do SEEDUC-RJ pressupõe, no seu diagnóstico
equivocado dos problemas da Rede Pública Estadual, que o fracasso da
educação pública do nosso Estado se deve: a) em primeiro lugar, ao baixo
desempenho dos professores (acomodados, desinteressados, descompromissados,
abusados com licenças médicas); b) em segundo, ao alto custo financeiro com
retenção do fluxo escolar (reprovações, evasões, dependências); c) em
terceiro, à falta de controle gerencial sobre o trabalho docente por parte
do corpo técnico hierárquico (direções, supervisões, coordenadores
regionais, gerência central; d) por fim, mas não menos importante, alto
custo financeiro (!!!!) dos direitos dos professores (carga horária 16
horas, plano de carreira por formação e tempo de serviço, aposentadoria
especial, paridade ativo-inativo).
A partir desse diagnóstico conservador-tecnicista, para melhorar o fluxo
escolar com a diminuição de repetências e evasões, o projeto
político-educacional passou a privilegiar as atividades-meios
(administração escolar) em detrimento das atividades-fins (trabalho
docente) da Rede Estadual de Educação, mediante o estabelecimento do
famigerado Plano de Metas e do aumento substancial da gratificação dos
coordenadores regionais e dos diretores de escola. E, assim, a nova ordem
busca estabelecer a pirâmide administrativa empresarial de viés
hierárquico-fordista: no topo, gerência educacional (coordenadores,
supervisores, diretores) que exerce a função de controle das metas, como
engenheiros de empresa; na base, operadores educacionais (professores
regentes e funcionários), como peões de fábrica (mas com salário muito
menor daqueles das grandes empresas) que executam as metas gerenciais e
curriculares.
Esse projeto gerencial do Plano de Metas articula-se à necessidade de
diminuição do custo desses processos para os cofres públicos. Daí a
concentração de alunos nas salas de aula ─ que normalmente transforma
três turmas em duas, ou duas turmas em uma ─, reduzindo-se, assim, o
custo-escola para o Governo, mas aumentando o custo-profissional e
custo-psicológico para os professores destas turmas superlotadas. Essa
diretriz gerencial revela o que o discurso gerencial logra escamotear: a
qualidade de viés empresarial da nova ordem da SEEDUC significa maior
produtividade (aprovação) com menor custo (superlotação).
A redução de custo e maior produtividade se desdobram na política de
meritocracia que atrela um abono (até 3x o salário) ao desempenho do
professor e da unidade escolar no cumprimento do plano de metas. Somam-se,
ainda, auxílio transporte, difícil acesso, cartão cultural, GLP, adicional
qualificação, como pacote de remuneração da nova ordem gerencial. A
meritocracia funciona, ao mesmo tempo, como mecanismo financeiro de redução
do custo salarial do magistério e como instrumento de divisão política e de
competição da categoria (nova escola aperfeiçoada para o mal). Senão,
vejamos: a redução do custo salarial ocorre por diversas razões, tais como,
exclusão dos aposentados (lembrem-se, na melhor das hipóteses, seremos e
desejamos ser um dia aposentados); exclusão dos triênios; exclusão dos
níveis do plano de carreira; exclusão do 13º salário. Do ponto de vista
político, a meritocracia detona a unidade da categoria, a possibilidade de
aumento salarial coletivo, destrói nosso plano de carreira por tempo de
serviço e formação e, por fim, institui a competição dentro da escola
(desempenhos diferenciados, abonos diferenciados) e entre escolas.
Nós precisamos repudiar, com todas as nossas forças, a meritocracia, por
que significa um desrespeito a nossa profissão, um insulto ao nosso
compromisso com a escola pública e cidadã (comunitária, democrática,
crítica e humanista), pois o sentido anti-ético dessa forma de remuneração,
transforma os professores em uma espécie de “gincanistas”, que executam metas,
estabelecidas de cima para baixo, em troca de prêmios (bônus) ao final do
ano, como uma PLE (participação nos lucros da empresa).
O Planejamento Estratégico vem impondo metas autoritárias, tarefas extras
no conexão educação (inclusive pela madrugada à espera de acesso, numa situação
humilhante profissionalmente), descaracterização dos conselhos de classe
como espaço de compartilhamento de experiências e problemas dos professores de
cada turma e de análise de cada aluno, pois o COC se resume na
apresentação da famigerada GIDE e seus gráficos de metas gerenciais.
A ESCOLA PÚBLICA NÃO É EMPRESA. EDUCAÇÃO NÃO É MERCADORIA. ALUNO NÃO É
CLIENTE. DIRETOR NÃO É GERENTE. SECRETÁRIO DE EDUCAÇÃO NÃO É EMPRESÁRIO.
Precisamos resistir a esse processo de violência simbólica, ética e
política contra o caráter humanista das relações professor-aluno,
aluno-aluno, direção-professor-aluno-funcionário-pais. A escola sempre foi
uma comunidade de formação humanista. Toda transformação educacional deve
partir dessa tradição e avançar na democracia participativa das decisões,
na valorização salarial e funcional do professor, no compromisso do Poder
Público com melhor condição de ensino-aprendizagem (menos alunos por turma,
todas as turmas com todos os professores, infra-estrutura adequada etc).
Companheiros de luta, nossa greve representa um grito de liberdade contra
a opressão do plano de metas e todo o mal-estar que nos vêm provocando no
cotidiano das escolas estaduais. A nossa indignação e reclamações se
transformaram, finalmente, em atuação coletiva, em movimento sindical e
exemplo pedagógico de cidadania para nossos alunos. Precisamos resistir!
Vejam, mais de dois mil e trezentos professores abandonaram, entre janeiro
e junho de 2011, o emprego público do Estado, deixando muitas escolas sem
professores; e ainda, muitos concursados são chamados a assumir a
matrícula, e não aceitam trabalhar por R$ 740,00 (R$ 630 líquido), às vezes
longe de sua residência ou município. De cada 100 alunos do 3º ano do
Ensino Médio, apenas 1 ou 2 pretendiam ser professor. Talvez nosso exemplo
de luta tenha aumentado a admiração e orgulho de nossos alunos que tanto
tem nos apoiado nessa greve. Agora, no dia 29 de junho, será nossa batalha
simbólica contra o Plano de Metas. VAMOS BOICOTAR O SAERJINHO! Vamos pedir
aos colegas que não estão em greve para não aplicar a prova, num exemplo de
solidariedade de classe. Vamos pedir aos alunos que nos apóiam para não
fazer a prova.
Essa prova não significa nada em termos pedagógicos para cada escola, não
há valor orgânico para nossa relação professor-aluno e professor-professor.
O Saerj significa um fetiche gerencial de significado simbólico de controle
sobre a rede estadual. Por isso mesmo, se torna tão importante boicotar
sua execução. Até porque, há uma greve que o Secretário de Educação e sua
Equipe “técnica” esquizofrenicamente teimam em ignorar, mas somos apenas
“trinta professores”, pra que temer? Lembrem-se, a greve é um direito
constitucional. O governo não pode nos demitir, essa é a nossa grande força
social, mas necessita união e determinação.
Resende, 21 de junho de 2011
Prof. Edgard Bedê
30 anos de formação grevista, com muito orgulho.
quarta-feira, 29 de junho de 2011
Verdade nua e crua
terça-feira, 21 de junho de 2011
Rock in Rio–ingressos para estudantes
Consta no site oficial da SEEDUC. Para alunos!
Quer ganhar dois ingressos para assistir a um dia do maior festival de musica do ano? O Rock in Rio organizou o concurso “1 Ingresso por 1 Mundo Melhor”, voltado exclusivamente para a rede pública de ensino, que vai distribuir 2.250 ingressos duplos para os autores dos trabalhos mais criativos com o tema “Um mundo melhor”! Os estudantes podem participar enviando vídeos, músicas, poesias ou fotografia, tanto individualmente quanto em grupos de até cinco pessoas. As inscrições serão feitas online na página www.rockinrio.com.br/porummundomelhor até o dia 15 de julho! Fique atento às principais regras! • Podem participar alunos do Ensino Fundamental e do Ensino Médio da rede pública de ensino;
• As inscrições devem ser feitas até o dia 15 de julho pelo Formulário de Inscrição na internet;
• Os vídeos devem ter entre um e dois minutos, devem ser hospedados no YouTube e o link deve constar no Formulário de Inscrição;
• As músicas devem ter entre dois e três minutos, escritas em português e hospedadas no site SoundCloud e o link deve constar no Formulário de Inscrição;
• As fotos devem ser hospedadas no site Flickr e o link publicado na Ficha de Inscrição;
• Lembrando que todos os trabalhos devem ser originais!
O resultado do concurso será divulgado no dia 15 de agosto no site do concurso! Para cadastrar o seu trabalho ou saber mais informações sobre como participar, acesse www.rockinrio.com.br/porummundomelhor!
segunda-feira, 20 de junho de 2011
Nós somos CEPCM
Nossos alunos Douglas F. Silva e Jorge Silveira, turma 2010, na sala do Laboratório de Informática Educativa atualizando as suas Redes Sociais.
quinta-feira, 16 de junho de 2011
quarta-feira, 15 de junho de 2011
Somos todos bombeiros
Prezados colegas Professores(as),
Assistam ao vídeo e deixem seus comentários.
Atenciosamente,
Prof. Marcos Bassolli
A GREVE
domingo, 12 de junho de 2011
terça-feira, 7 de junho de 2011
GEOGRAFIA
Na vastidão dos oceanos
O azul intenso
No silencio dos desertos
O branco imenso
No segredo das florestas
O verde vivo
Na cultura da cidade
O criativo
Um cenário de mistérios
Montanhas e mais montanhas...
Cores, matérias e formas estranhas...
Eis a Geografia
Sensivelmente bela
Diversificada
Milhões de vezes representada
Desenhada
Fotografada
Numa tela, pintada
Desde o simples casario
De um povoado esquecido
Até as rosas de um parque
Ricamente florescido
Tudo passa pela mente
Do poeta, professor
Filósofo, escritor
A fauna, a flora, a paisagem
De cada lugar,
De cada recanto,
Se transforma em poesia, estudo
Enlevo, encanto...
Tudo se vê
Com olhar faminto de paz,
Consolo e prazer.
Tudo sentimos e admiramos
Mas será que amamos?
Sim, amamos!
Amamos a paz dos lagos
A beleza das ondas
Dunas de areia
E marés cheias
Queremos tocar e conhecer
Amamos a superfície bela
Tão bela quanto limpa
Tão limpa quanto pura
E o coração humano
Se delicia
Com a beleza sem igual,
Pura, limpa, original
Da Geografia.
SARA MUNARETO
Estudante do CREJA – Centro Municipal de Referência de Educação de Jovens e Adultos
domingo, 5 de junho de 2011
Como organizar uma festa junina
Como Organizar uma Festa Junina
Fonte: preciso de ajuda dos colegas (Cláudio Vaz e Cláudio – Diretor adjunto) para informar o endereço correto da fonte.
O mês de junho é marcado por fogueiras, danças, comidas típicas e muitas bandeirinhas coloridas realçando as peculiaridades de cada região brasileira. Não é preciso gastar muito, nem ter grandes habilidades manuais. O importante é participar reunindo a família e amigos para uma gostosa brincadeira.
1. Origem da festa junina
A ‘festa joanina’, em homenagem a São João, originou-se nas regiões católicas européias e chegaram ao Brasil com os portugueses. No mês de junho comemora-se o aniversário de três santos muito populares: Santo Antônio no dia 13, São João no dia 24 e São Pedro no dia 29. No Brasil, a festa passou a ser chamada de ‘junina’ e incorporou-se aos costumes dos índios e negros. Um exemplo dessa mistura é a introdução do coco, da mandioca e do forró como elementos impregnados a tradição. Assim, cada região brasileira incrementa os festejos juninos de acordo com os costumes arraigados na localidade. No Nordeste, o mês de junho representa mais do que uma festa. É um agradecimento aos Santos pelas chuvas, que aliviam a vida dos que moram em regiões secas e contribui para a plantação de milho (colhido as vésperas das festas juninas).
Para o sucesso do arraial é preciso unir decoração, vestuário, comida típica, fogos, música e muita animação.
2. Simpatias
Santo Antônio é conhecido como o “Santo Casamenteiro”. Sua popularidade é muito grande, pois, representa o ‘protetor da família’ e, também, auxilia a mulher solteira a casar!
O povo brasileiro gosta de misturar religiosidade com superstição e utiliza as simpatias como forma de diversão, mas se conseguir resultados melhor ainda...
Há várias simpatias para arranjar namorado. A mais conhecida: a solteira deve ganhar uma imagem de Santo Antônio e virá-la de cabeça para baixo como um castigo, só desvirando-a quando conseguir seu objetivo. Outra interessante simpatia: se a mulher já tem um namorado ou pretendente, mas quer apressar o casamento deve amarrar um fio de seu cabelo ao do namorado e colocar nos pés de Santo Antônio, que resolverá a situação rapidamente.
Outra simpatia: colocar fitinhas de cetim embaixo do "bolo de noiva" e as solteiras deverão puxá-las. Quem retirar um terço ficará no 'caritó', isto é, não casará; quem puxar uma aliança ou um escapulário de Santo Antônio será a próxima a casar.
OBS: Fazer a última simpatia só depois do "casório mauto", para não estragar a foto dos noivos cortando o bolo.
3. Decoração
A varanda, a garagem, a rua, o quintal, o clube ou até mesmo um galpão podem ser utilizados para a festa. A ornamentação é simples: basta enfeitar com as famosas bandeirinhas, encontradas em lojas de festas infantis (já prontas para decorar), coladas em cordões. Outra maneira: recortar em formato triangular plástico ou papel seda nas cores primárias (vermelha, branca, verde, azul e amarela); depois colar as bandeirinhas, uma a uma, em barbantes e estirá-los como se fossem varais. Balões coloridos, intercalados entre as bandeirinhas, enriquecem a decoração. Pode-se complementar , também, com palha de coqueiro, de bananeira ou folhas de palmeira ornamentando postes, colunas e a entrada da festa.
A fogueira é um dos símbolos da festa junina. Para fazê-la é preciso certo cuidado! Se o chão for de cimento ou asfalto deve-se preservá-lo, colocando tijolos no formato de um quadrado e encher com areia toda a superfície que será usada. As toras de madeira, sempre secas, serão arrumadas paralelamente, de duas em duas, até formar uma espécie de pirâmide. Após certificar-se de que as toras estão bem empilhadas, deve-se amarrá-las com arame para evitar que caiam. Uma hora antes da festa já poderá acendê-la do mesmo jeito que se acende a churrasqueira. Quem tiver receio ou não gostar de fumaça, poderá enfeitar a fogueira com papel celofane nas cores vermelha e amarela, imitando o fogo.
A toalha da mesa, onde ficarão as comidas, deverá ser estampada (chita) ou de xadrez em cores berrantes como vermelho, verde, laranja ou amarelo. A juta, a esteira e a folha de bananeira são alternativas para cobrir a mesa. As peneiras de palha enfeitadas com fitas coloridas e revestidas com papel celofane servirão de travessas para as comidas. Outros objetos como potes de barro e cestas complementarão o visual tipicamente artesanal. Algumas pessoas colocam uma imagem de Santo Antônio e fitas coloridas para enriquecer a decoração.
4. Quitutes e bebidas
As comidas a base de milho e coco são diversificadas e saborosas. Milho assado (na fogueira) e cozido, canjica, pamonha, cocada, arrumadinho de carne-seca (receita abaixo), arroz doce, bolos de milho, de macaxeira e de fubá, tapioca, amendoim açucarado, caruru, maçã do amor, algodão doce, docinhos (beijinho, casadinho, brigadeiro, olho de sogra,etc), pé-de-moleque e qualquer outro tipo de comida que os convidados apreciem (o importante é agradar a todos).
A quantidade de comida depende do horário e do tipo de convidado. As crianças, por exemplo, comem mais doces do que salgados. Os adultos homens, consomem mais tira-gostos (por causa da bebida alcoólica) e as mulheres comem de tudo um pouco.
De qualquer maneira aqui vão as quantidades:
Bolo 1 kg para 12 pessoas;
Docinhos 05 a 06 por pessoa;
Arrumadinho de carne-de-sol - 02 porções por pessoa - Receita: purê de macaxeira, 'carne seca' cozida, refogada e desfiada, requeijão - alternar as camadas de cada ingrediente, terminando com o purê e queijo parmesão ralado por cima, levar ao fogo no pirex para gratinar;
Pamonha - fatiá-la, calculando 03 fatias por pessoa;
Canjica - 02 potinhos (descartáveis) por pessoa;
Arroz-doce - 01 potinho (descartável) por pessoa;
Milho assado - 01 espiga para 02 pessoas; e
Milho cozido - 01 por pessoa
Como evitar bagunça na cozinha e a canseira da anfitriã no dia da festa?
Hoje a praticidade é fundamental! Por se tratar de uma festa entre familiares e amigos é interessante dividir o custo total da festa, entre o número de participantes, encomendando todo o serviço de comidas, bebidas, etc. É preciso reservar as encomendas com antecedência!
Outra possibilidade é fazer a lista das comidas, para as mulheres levarem; e de bebidas, para os homens providenciarem. Porém, quem quiser fazer uma receita rápida e prática é só comprar os ingredientes em qualquer supermercado. Eles vêm em embalagens com instruções e pré-cozidos como a canjica e o mungunzá, por exemplo. Evita, assim, a exaustiva ‘ralação de milho’, como na época das nossas avós! Ai vai uma receita prática...
Receita simples de bolo de milho - 01 lata de milho verde; 01 pote de margarina ou manteiga pequeno; 04 ovos; 02 xícaras de açúcar; 02 xícaras de flocão de milho; 01 vidro pequeno de leite de coco; 01 pacote de 50 gramas de queijo parmesão ralado; 01 colher rasa de fermento; e 01 xícara de leite. Modo de fazer: bater todos os ingredientes no liquidificador e levar ao forno. Fatie o bolo e distribuia-o numa peneira coberta com uma toalhinha de bandeja, papel celofane, ou palhas de milho. (receita de Andréia Oliveira).
OBS: Caberá a anfitriã encarregar-se da decoração, inclusive de uma mesa grande para arrumar os quitutes; além disso, comprar gelo e encher isopores para as bebidas, caso não caibam no freezer e/ou geladeira.
Bebidas
As bebidas ficam a critério do gosto de cada um, mas o quentão e a cachaça são muito apreciados. A cachaça 'cravo e canela' , por exemplo, serve-se uma dose com uma colher de mel de abelha (de boa qualidade) e mexe-se com canela em pau.
Receita do Quentão: 06 xícaras de água; 12 cravos; 01 pedaço de gengibre; 06 canelas em pau; 02 limões cortados em rodelas finas; 1/2 xícara de açúcar; e 01 garrafa de vinho tinto (geralmente utiliza-se vinho de garrafão). Modo de fazer: colocar a água com os cravos, o gengibre, a canela, o limão e o açúcar numa panela. Deixe levantar fervura e cozinhe por 30 minutos. Retire do fogo e deixe a panela tampada descansar por 01 hora. Coe, adicione o vinho e sirva quente, em canecas de ágata.
OBS: Deve-se servir outras bebidas, tais como: sucos, refrigerantes, água mineral, cerveja, água de coco, etc.
5. Vestuário
A roupa é a mais descontraída possível. Para as mulheres: vestido de chita estampado com muitos babados ou xadrez em cores fortes. Para os homens: calça jeans com remendos de tecidos, camisa xadrez e lenço no pescoço igual ao tecido do vestido da dama, além de chapéu de palha. Quanto à maquiagem, cabe a mulher exagerar um pouco mais, no batom e blush; os homens, acrescentarão bigode, costeletas e cavanhaque (lápis preto de olho ou delineador)..
Para o casamento há vários personagens, quais sejam: os noivos, pais da noiva, dois casais (testemunhas), padre, sacristão, delegado e dois ajudantes. Cada um se veste de acordo com sua caracterização. Exemplos: 1. Noivo (veste um terno remendado com aparência de malafrojado); 2. Noiva (é a maior atração, com vestido branco de renda e véu escondendo o rosto, além do buquê - flores naturais (jasmim, laranjeira ou 01 pé de alecrim amarrado num laço de fita/ cordão de juta), flores de tecido ou de papel; 3. Mãe da noiva (vestido de matuto com xale por cima (para sobressair das demais mulheres - testemunhas); 4. Pai da noiva (se possível, usar um terno branco de linhão, botas e chapéu de couro - usar charuto para dar um ar poderoso); 5 e 6. Padre e o sacristão (a batina pode ser adaptada com tecido preto dobrado (tipo TNT) e cortado em formato de círculo no meio (como se fosse 'gola careca', dando aparência de poncho/ o sacristão poderá imitar a vestimenta do padre); 7. Delegado (chama atenção pelo colete com a "estrela de xerife", algemas na cintura, espingarda e botas); 8. Dois policiais (ajudantes do delegado - vestidos de colete ou com camisetas "camufladas", cada um com cassetete); e 9. Dois casais - testemunhas do casamento (roupa de matuto).
OBS: É preciso lembrar que a improvisação faz parte da brincadeira. Remexendo nos guardados sempre se encontrará alguma roupa ou tecido para se adaptar como vestuário.
6. O Casório
A quadrilha representa a festa em comemoração a celebração de um casamento. Há um 'teatrinho' com muito humor, em que surge o noivo sendo arrastado pelo delegado e, sob pressão do coronel (pai da noiva - fazendeiro ignorante) é obrigado a se casar. A alegação para o casamento forçado é de que a filha do coronel, moça 'donzela', fugiu com o rapaz. A noiva, sempre cabisbaixa e chorando, fica ao lado do noivo e o casamento é realizado contra a vontade do rapaz. Após o casamento começa o arrasta-pé (quadrilha).
Casamento Matuto:
Decoração: Altar da Igreja - 01 aparador ou mesa pequena coberta com toalha branca; imagem de Santo Antônio; castiçal com vela; e 01 bíblia.
O padre aguarda no altar. As testemunhas (01 casal de cada lado do altar) com roupa de matuto, também aguardam.
A noiva carregada pela mãe dirige-se ao altar chorando e fingindo desmaiar ("Mãe, achu qui Zé Ligeru num vem si casá" e a Mãe conforta a filha: "carma Chiquinha seu pai dá um jeitu").
O padre pergunta impaciente: "Coronel Ludugero, cadê o noivo?"
O pai da noiva, Coronel Ludugero, acena para o padre (para aguardar um pouco) e em seguida puxa pelo braço do delegado e cochicha: "Traga o cabra agora mermo, nem qui seje na paulada, vice??)
O delegado (com a espingarda) mais que depressa corre com 02 ajudantes (com cassetetes) e arrasta Zé Ligeiro para o altar. Zé Ligeiro anda tropeçando, simulando embriaguêz e demonstrando não ter vontade de ir para o altar.
O padre, diz: " vamos dar início a cerimônia... Senhorita Chiquinha Donzela Juramentada, aceita Zé Ligeiro Bafo de Onça como seu legítimo esposo?"
Chiquinha com um sorriso de canto a canto responde, enxugando as lágrimas que "SIMMMM!!!"
O padre pergunta, então, ao noivo: "Zé Ligeiro Bafo de Onça aceita Chiquinha Donzela Juramentada como sua legítima esposa?"
O noivo cambaleando, responde: "Aceitáaa, aceitáaa, num aceito naummm..." O pai da noiva se aproxima de Zé Ligeiro e aperta seu pescoço, ao mesmo tempo em que o delegado se aproxima com os ajudantes (mostrando a espingarda e os cassetetes). A noiva volta a chorar e a mãe se apressa em dar um lenço (um pedaço de pano maior do que o lenço normal e numa cor extravagante, tipo laranja, verde limão, etc)
O padre repete a pergunta, quase gritando: "Zé Ligeiro Bafo de Onça aceita Chiquinha Donzela Juramentada como sua legítima esposa?"
O noivo responde com cara de bêbado: "Num era di meu gostu naum, venerandu padri, tô aqui forçadu, vice, mais o jeitu é aceitarrr... sim, né?"
O padre encerra a cerimônia e manda que os noivos se beijem. Zé Ligeiro puxa Chiquinha para beijar, mas o pai não deixa...
O puxador da quadrilha, então, grita: "E viva os noivos!!!" Todo mundo responde: "Vivaaaa!!!"
A noiva sai, alegre, de braço dado com o noivo e os padrinhos jogam arroz...
A partir daí começa o ARRASTA-PÉ: A QUADRILHA!!!
OBS: A cerimônia religiosa deve ser bem engraçada. O texto poderá ser mais elaborado, de acordo com a criatividade de cada um. O importante é não se estender muito para não ficar cansativo.
7. O Bolo de Noiva
O bolo confeitado é, geralmente, na cor branca e salteado de bolinhas prateadas, flores vermelhas ou com bandeiras e fogueira. O casal de noivos vestidos de matuto no alto do bolo para arrematar.
Outra maneira de enfeitar o bolo: colocar "fuxico" lado a lado, para dar acabamento ao bolo. Fica bem colorido e bonito.
8. Música e Dança
A música poderá ficar a cargo de um grupo de forró, contratar um DJ ou, ainda, ligar o som com cd’s de forró. A quadrilha é uma dança muito animada em que os casais fazem passos ensaiados e se revezam de acordo com as orientações do ‘puxador da dança’. O puxador da quadrilha é uma pessoa responsável pelo desenrolar da apresentação de cada etapa da dança. É necessário que o "puxador da quadrilha" seja uma pessoa bem extrovertida para ficar mais animado o arrasta-pé!!!
A quadrilha foi trazida ao Brasil pelos europeus, no início do século XIX, passando a ser dançada nos salões da corte e da aristocracia. Hoje é a atração principal de qualquer festa junina. Alguns passos da quadrilha estão abaixo.
Passos da quadrilha
Anarriê e alevantú – são termos que significam recuar e avançar. Intercalam-se os passos com anarriê e alevantú.
1º Passeio dos namorados - os pares de braços dados, em fila desfilarão indo um par para o lado esquerdo e o outro para o lado direito. O grupo de casais que foram para o lado esquerdo fica lado a lado; o mesmo procedimento para os casais do lado direito.
2º Os cumprimentos – os grupos já estão formados e ficam um em frente ao outro, indo todos para o centro do salão se cumprimentam e retornam aos seus lugares.
3º O cumprimento das damas – os homens batem palmas, enquanto as mulheres vão até o meio dançando e segurando a saia. Cumprimentam sorrindo. Em seus lugares (retornam aos seus lugares, para ficarem ao lado dos cavalheiros).
4º O cumprimento de cavalheiros – os homens vão até o meio batendo os pés com as mãos para trás, depois tiram o chapéu, cumprimentando as damas e se curvam. Em seus lugares (retornam aos seus lugares colocando o chapéu)
5º O Galopê – de dois em dois cruzam-se os pares da esquerda e direita no meio do salão, e trocam de
lugares, sempre galopando.
Do 6º até o 11º item os passos serão feitos em fila indiana!
6º Caminho da roça – cada dama fica na frente de seu cavalheiro, como fila indiana, havendo dama e cavalheiro, respectivamente.
7º Olha a chuvvvaaa – as mãos de cada pessoa são entrelaçadas acima da própria cabeça.
8º Já passooouuu - os homens colocam os braços para trás e as mulheres seguram a saia.
9º Mariii rose - as damas levam as mãos para trás, por cima da cabeça e seguram as mãos do cavalheiro que está atrás dela; Rose mariiiiiii – o cavalheiro passa a frente da dama, ainda segurando suas mãos, invertendo as posições.
10º. Olha a cobraaa – todos pulam
11º Já matouuuuuu – param de pular e continuam andando
12º Preparar-se para a grande roda – todos dão as mãos
13º Grande roda – a roda já formada vai girando
14º Damas ao centro – as damas fazem uma roda por dentro da roda maior que permanecem os cavalheiros...
GIRANDOOOO...
15º Preparar-se para a cestinha de rosas - damas ao lado direito de seus cavalheiros, ainda com as duas rodas formadas.
16º Cestinha de rosas, enlaçouuuuuu – os homens erguem os braços e ficam as duas rodas entrelaçadas.
RODANDOOOOO...
17º Grande roda – voltam à posição do item 13º, dando-se as mãos.
18º Cavalheiros ao centro
19º Preparar-se para a cestinha de cravos – os cavalheiros ficam a direita de seu par.
20ª Cestinha de cravos, enlaçouuuuuuuu – as mulheres erguem os braços e ficam as duas rodas entrelaçadas.
GIRANDOOOO...
21ª Grande roda.
22ª Preparar para o caracol – a noiva começa a puxar a fila
23ª Olha o caracol - sem desfazer a roda, a noiva puxa a fila para o centro do salão, formando uma serpentina.
24ª Desmanchar o caracol – é desfeita a serpentina com a noiva retornando para o lugar inicial, formando-se a grande roda novamente.
25ª Passeio dos Namorados – os pares são formadose andam em fila. os pares de braços dados, em fila desfilarão indo um par para o lado esquerdo e o outro para o lado direito. O grupo de casais que foram para o lado esquerdo fica lado a lado; o mesmo procedimento para os casais do lado direito.
26ª Preparar-se para o túnel – todos se dão às mãos por cima da cabeça, formando um túnel.
27ª Olha o túnel – o primeiro casal entra no túnel e os outros vão seguindo até desfazer o túnel.
28ª Passeio dos namorados
29ª DESPEDIDA – os cavalheiros saem acenando com o chapéu; as damas acenando com a mão.
A partir daí todos estão liberados para dançar o forró.
9. Fogos
Quanto aos fogos todo o cuidado é pouco, principalmente com as crianças! Orientar a criançada para usar o ‘traque’, uma espécie de bombinha que jogada ao chão faz um barulhinho e não prejudica. Os ‘coqueirinhos’ são indicados para crianças maiores, mas sempre com acompanhamento e orientação de adultos. O grau de dificuldade e perigo dos fogos será determinado pela idade e atenção dos que irão manuseá-los.
10. Rainha do milho
A Rainha do Milho faz parte da comemoração junina. As participantes são escolhidas pela desenvoltura desfilando e dançando. É uma brincadeira muito divertida! A confecção da coroa e da faixa é livre, de acordo com a criatividade e material disponível, porém a pipoca e a palha são mais adequadas para o feitio. Há várias opções. Abaixo estão 02 sugestões simples para que todos possam realizar uma animada festa junina.
A coroa pode ser confeccionada em cartolina e papel laminado; as pipocas ou grãos de milho farão o acabamento. Nas lojas de festas vendem espigas de milho, em miniatura, que podem ser aplicadas na coroa.
A faixa pode ser executada em tecido, como o morim, por exemplo, e colados os grãos para formar a frase RAINHA DO MILHO.
11. Lembrancinhas:
1, Saquinho de chita amarrado com fitinha de cetim colorida ou cordão de sisal. Colocar dentro do saquinho: escapulário de Santo Antônio e a(s) oração(ões);
2. Garrafinha de vidro com Santo Antônio em miniatura e a(s) oração(ões). Fechar a garrafinha com rolha e pendurar fitinhas coloridas para dar o acabamento com laço;
3. Garrafinha de vidro com cachaça e mel. Colar o adesivo com o nome do evento (nome dos noivos, do aniversariante ou o nome da festa) - que poderá ser feito em casa mesmo. Fechar a garrafinha com rolha e arrematar com fitilhos (super fininhos)coloridos no gargalo - juntar as fitinhas e dar um laço
OBS: A garrafinha é vendida em qualquer loja de material para festa.
Oração dos namorados:
Grande amigo Santo Antônio, tu que és o protetor dos namorados, olha para mim, para a minha vida, para os meus anseios. Defende-me dos perigos, afasta de mim os fracassos, as desilusões, os desencantos. Faze que eu seja realista, confiante, digno(a) e alegre. Que eu saiba caminhar para o futuro e para a vida a dois com a vocação sagrada para formar uma família. Que meu namoro seja feliz e meu amor sem medidas. Que todos os namorados busquem a mútua compreensão, a comunhão de vida e o crescimento na fé. Assim seja.
Oração para arranjar namorado e/ou casar:
Santo Antonio, eu sei que o casamento é uma vocação abençoada por Deus. É o sacramento do amor, comparado ao amor que Cristo tem para com a Igreja. Eu me sinto chamada para o casamento: por isto, Santo Antonio, ajuda-me a encontrar um namorado bom, amável, sério e sincero, que tenha os mesmos sentimentos de afeto que eu sinto. Faze que nos completemos um ao outro e formemos uma união abençoada por Deus, para que nós dois, juntos, sejamos capazes de vencer possíveis problemas familiares e conservemos sempre vivo o nosso amor, para que nunca falte a compreensão e a harmonia familiar. Santo Antonio abençoa-nos a mim e a meu namorado; acompanha-nos até o altar e conserva-nos unido pelo resto da nossa vida. Santo Antonio rogue por nós.
Desejo que a festa junina traga mais fraternidade e alegria.
VIVA SÃO JOÃO!!!