Saudações Geográficas aqui da Cidade Maravilhosa de São Jorge, O Guerreiro e de São Sebastião do Rio de Janeiro,
Se o povo brasileiro fosse tão solidário nas ações políticas coletivas quanto é na dor, com certeza, viveríamos num país melhor.
Nos mais diferentes veículos de mídia, muitos postaram comentários e análises sobre a tragédia que se abateu sobre as cidades e as pessoas que vivem na Região Serrana do Rio de Janeiro, especialmente os municípios de Nova Friburgo, Teresópolis e Petrópolis.
Nesses últimos 40 anos vividos no Rio e conhecendo um pouco a sua região serrana, acrescento um ponto de vista para pensarmos essa tragédia: o fato social e o fenômeno natural. Fato social como a construção do espaço e fenômeno natural como os condicionantes geomorfológicos e climáticos. Tempo&Espaço.
A chuva é forte na zona da mata mineira, sul de Minas e São Paulo.
Não parou ainda de chover ou já passou a época das chuvas.
O que percebemos na mídia "global" é a ocupação maior desses fatos na grade diária de todos os segmentos, impressa-radiofônica-televisiva-internet. O que o povo quer e precisa ver pode ser direcionado, disso estamos "safos".
Uma novidade nesse cenário está com as redes sociais mesmo com as consequências também catastróficas na infraestrutura elétrica e das redes de comunicação. Nas cidades mais atingidas, a telefonia celular, por exemplo, ficou fora do ar por muito tempo.
Conforme noticiou a grande mídia, uma novidade que não tínhamos foi revelada: não temos um plano de prevenção e ações nesse tipo de evento. Não temos um gabinete de governos centralizado e conectado com as TIC´s - Tecnologias de Informação e Comunicação disponíveis a despeito do alerta emitido pelo Inmet e das fotografias de satélites estarem aí pra todos verem. O [novíssimo] radar meteorológico, instalado no Sumaré ( Cidade do Rio de Janeiro), identificou as nuvens carregadas. A informação foi repassada? Houve comunicação entre governos? Ações?
Fruto do movimento de solidariedade que se espalhou pela sociedade carioca-fluminense. A uma verdadeira rede de captação de donativos, Ong´s, bares, igrejas, cooperativas de táxi, shoppings somaram-se às iniciativas individuais e participam efetivamente da situação. Nisso, estamos dando um verdadeiro “show-de-bola”.
Enquanto isso, velhas mazelas e equívocos são expostos nos deslizamentos e nas enxurradas de lama da pobreza, da ignorância e do descaso. Fala território! Para podemos perceber e construir uma vida mais justa e digna para todos precisamos de educação, formação e capacitação territorializada dos agentes do estado e da sociedade.
Fica o grande exemplo de solidariedade e de iniciativas de ajuda que estão acontecendo e a torcida para que não volte a chover forte.
publicado por mbassolli@prof.educacao.rj.gov.br – Prof. Marcos Bassolli